A UMA CERTA DISTÂNCIA DE SEU SÓCIO.





Quando a decisão de empreender é tomada, seja qual for a motivação (se é que existe apenas uma, mas deixemos esse assunto para outro dia), há uma outra decisão a ser feita, a se empreenderá sozinho, ou se terá alguém para viajar junto nessa estrada.


Uma vez definido se existirá outra pessoa, caberá saber ou entender quem ou qual é essa pessoa, que teoricamente é a escolha mais complexa dentre todas do tema “Sociedade”.


Mas há ainda uma escolha que é um tanto quanto ou até mais crucial e sensível, que pode fazer da escolha inicialmente certa e clara, uma escolha terrivelmente equivocada.



Estamos falando da dinâmica estabelecida entre os sócios, do vínculo que é criado e cultivado entre si e de como acontece esse fluxo de energia, seja entre pares, seja entre um grupo de sócios.









Pontos como a divisão de equity ou as discussões de relacionamento no dia a dia são pontos vistos como elementares, mas que são de fato acumuladores de tensão energética extrema que se não cuidados com a devida atenção, podem não apenas tratar-se de uma roda-presa pontual de um negócio, mas também comprometer toda uma ideia ou um negócio promissor ou real.



A parábola do porco espinho de Arthur Schopenhauer (http://aurelio.net/email/a-fabula-do-porco-espinho.html) ilustra com uma sensibilidade muito rara essa dinâmica entre seres que dependem entre si, mas que se próximos demais acabam se ferindo, e se muito distantes, esfriam e congelam até a morte.



O que não falta são ferramentas e ideias prontas que nos dizem o como se deve fazer em tais casos, ou em formato de livro ou como o Startup Equity Calculator (mais informações: http://foundrs.com), todos são ótimos dispositivos que enriquecem uma discussão, são pontos de partida muito ricos. E só. Pesquisas e ferramentas tecnológicas vão nos trazer a certeza matemática das coisas, mas não conseguirão nunca nos trazer o cuidado máximo que devemos ter com nossos vínculos.



Todo indivíduo é único e carrega consigo toda uma história particular, e por isso todo relacionamento é também único e carregado com suas singularidades.



O saber ouvir, a empatia colocada na prática, só acontece quando aprendemos a conviver com outro apesar de seus defeitos e suas manias.